Friday, May 25, 2012

a viagem

não me lembro se fui a casa depois de voltar - mas acho que não. se fui, quem estava lá não era eu (como de resto sucede na maioria das vezes).

a viagem, como aquelas que despoletam o meu saudosismo, passou mais tempo a pensar que a dormir, a listar os to-dos, os prós e contras, os planos, ...
na chegada, o fim de um sem número de medos infundados.
levei também, na mala, o livro.
(não me lembro de onde pus a carta, nem se é importante.)

Wednesday, May 23, 2012

rumores

this is not a good idea...right?

(... and why should it matter?)

Sunday, May 20, 2012

contrariedades

"os fotógrafos deste mundo esqueceram a felicidade de fotografar com os olhos. hoje choro. mas choro com a certeza feliz de que a dor me faz pessoa. e que sou bom, e puro, e feliz. cometi erros e tenho de os abraçar a fundo, mesmo que me furem e me doam, mas tenho que abraçar. da mesma forma que o principezinho defendeu a rosa. ela acreditava que era forte pelos espinhos, e o principezinho sabia que ela era fraca pela mesma razão. tenho medo que vás. e é estúpido pela relacao marada que temos. mas tenho."


(escrito por um desconhecido conhecido - ou um conhecido desconhecido)

efeito de substituição

tendemos a substituir as pessoas. quer sejam amigos de quem nos afastamos, ou antigos amantes, há em nós constantemente espaços que se criam e que sentimos necessidade de preencher.
vamos, assim, encontrando novas coisas, novas pessoas, que vamos deixando aproximarem-se e entrar nesses pequenos recantos. e damos-lhes um bocadinho de nós, não só pela procura do preenchimento, mas pela necessidade intrínseca da partilha - que, muitas vezes, parece tornar as coisas mais reais.

Thursday, May 17, 2012

misery loves company

Susan: I don't know many people.
Charles Foster Kane: I know too many people. I guess we're both lonely.

music is not mece

no matter how mainstream indie becomes, radiohead will always be an alternative music genre in itself.
(full list of music genres in Wikipedia)

Saturday, May 12, 2012

carpe diem?

porque será que temos sempre palavras mais sábias para os outros, do que para nós próprios?
(ou, se queremos ir para a praia às 4h da manhã, porque é que não vamos?)

impossible soul

é uma música, mas podia ser um álbum - a semântica é irrelevante.
(até ao seu regresso a um Coliseu perto de mim, deixo "The Age of Adz" em loop no meu iPod)

Friday, May 11, 2012

um dia triste para a música

O dia da morte de Bernardo Sassetti.

long term is undermined

"Any Private Equity fund is likely to last longer than the average marriage, and while an active secondary market does exist, a Private Equity fund commitment should be thought of as essentially long term."

Thursday, May 10, 2012

timing

tendo a acreditar que, invariavelmente, o meu timing tem (ou continua a ter) um péssimo sentido de oportunidade.
(ironias do destino?)

Warren Buffett's 'Secret Millionaires Club"

O "Secret Millionaires Club" é um programa de televisão que tem como objectivo ensinar às crianças algumas lições básicas sobre dinheiro.
Paralelamente, é lançado um concurso em que miúdos americanos fazem um "pitch" de ideias de negócio, sendo que os finalistas terão o privilégio de apresentar essas ideias ao próprio Warren Buffett.

Às vezes gostava de ser criança outra vez - a minha vida teria sido muito diferente se tivesse conhecido o Warren Buffett aos 8 anos.

Tuesday, May 8, 2012

we need to talk

again.
(reposted from White Noite)

racionalismo


Segundo um estudo da Universidade de Columbia, as raízes do ateísmo residem no pensamento analítico, algo que não parece ser muito mais que uma verdade de La Palice - afinal, não são(/somos) sempre os racionais quem mais tende a não acreditar...?
"They say religion was created...water, fire, sun...
you'd think that science would have made religion obsolete. but it hasn't"
(in Dexter)
"Eu sou um ateu praticamente. Todos os dias tiro um bocadinho para pensar que Deus não existe e que a existência é absurda." 
(Ricardo Araújo Pereira, in Governo Sombra)

leave (2)

odeio despedidas: quem diz adeus não volta, e isso tende a gerar desconforto no regresso de alguém que se julgava desaparecido. 

talvez por isso, quem parte não olha para trás - e eu não olhei: nem sequer um olhar de soslaio, à procura de encontrar o que preenchia agora o lugar onde eu outrora existi.

e isso assusta-me: o ir embora sem qualquer saudade, ou vontade de voltar.
talvez por isso faça, de alguma forma, sentido, o regresso aos lugares onde fomos felizes - ainda que apenas pela certeza de que nenhum desses lugares era um destino, apenas uma parte (ou uma pedra) dO(/de um) caminho.
(Adeus, Porto)