O Óscar fez uma revolução. Houve quem
pensasse que o fazia pelo País. Engano. Rapidamente se tornou conhecido por
emitir mandatos de captura em branco, discricionários e sem critério. O País
generoso, perdoou-lhe as loucuras do PREC, mas logo Óscar achou que o poder era
seu por direito e voltou a aterrorizar. Desta vez contra a democracia, com mais
sangue e cobardia. Com o seu gang de revolucionários, Óscar assaltou bancos, e
assassinou 17 pessoas e chantageou o Estado de direito.
O País foi novamente magnânimo e
perdoou-lhe por algo, do qual ele nunca se arrependeu. Até o promoveu.
Passou-lhe um salvo conduto vitalício, o
que lhe permite dizer as maiores atrocidades, ter eco na imprensa, sem que haja
alguém a lembrar o seu cadastro.
Óscar não foi generoso nem tão pouco
corajoso, foi muito pouco inteligente e nunca se retratou. Óscar continua a
achar-se acima da lei. Já o Estado, não pode permitir que haja cidadãos, mesmo
que intelectualmente indigentes, mas não
inimputáveis, digam atrocidades e
incitem a motins e revoluções.
Um Estado pequeno não implica que seja
fraco. Mas, se a justiça não reage e não funciona, deixa fragilidades com
marcas profundas e difíceis de curar.
PS. Óscar - Nome de código de Otelo Saraiva
de Carvalho, enquanto líder operacional das FP-25 de Abril. Facto julgado e
provado em tribunal. Entre os crimes de que foi
acusado e condenado, esteve o assassinato de 17 pessoas inocentes, de
uma forma fria, brutal e cobarde. Apesar disso, Otelo foi promovido a Coronel,
por proposta do Almirante Martins Guerreiro e despacho conjunto do Ministro da
Defesa Severiano Teixeira e das Finanças Teixeira dos Santos, com uma
indemnização três vezes superior, aquela que receberam as vitimas que
assassinou.
(in 31 da Armada)
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