Um jornal americano decidiu comparar o retorno de
um investimento na Universidade face a alguns dos mais típicos investimentos
nos mercados de capitais.
O artigo teve como base um estudo do HamiltonProject, segundo o qual um investimento de $100.000 na Universidade, realizado
aos 18 anos, se traduziria em retornos bastante atractivos. Nomeadamente,
investir num curso universitário de 4 anos traduz-se num retorno esperado de
15,2% por ano – mais do dobro que o retorno médio anual do mercado de acções
nos últimos 60 anos (6,8%), e mais de 5 vezes acima do retorno de investimentos
em obrigações (2,9%), ouro (2,3%), obrigações governamentais (2,2%) ou
habitação (0,4%)
Estes retornos continuam a ser apelativos apesar de
as propinas estarem cada vez mais caras, com os custos de ir para a
universidade a aumentar 4 vezes mais rápido que os salários.
Outro estudo, realizado pelo NBER (National Bureau
of Economic Research), estimou que o benefício marginal de um aluno ter um bom
professor em vez de um professor “médio” poderia melhorar os ganhos futuros do
mesmo num total de $400.000.
Adicionalmente, constata-se que um licenciado ganha
hoje cerca de 80% mais que alguém com o equivalente ao 12º ano – uma diferença
que é mais subtil aos 22 anos, mas que se acentua sobretudo a partir dos 30.
Os ganhos de educação traduzem-se também em ganhos
de produtividade e salários. De facto, os países com salários mais altos
apresentam as taxas mais altas de matrículas no ensino secundário e as taxas
mais baixas de emprego informal.
Se os números e gráficos acima não forem
suficientemente convincentes, talvez o sejam as palavras deWarren Buffet a
alunos da Columbia Business School, em 2009:
“Neste momento, eu pagaria $100.000 por 10% dos
futuros ganhos de qualquer um de vós”.
(Maria Patrão in Coeteris Paribus)
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