versus
Monday, October 24, 2011
Sunday, October 23, 2011
contagious
"If not us, then who?
If not now, then when?"
If not now, then when?"
charity: water
por vezes, são as ideias mais simples que se tornam mais eficazes.
The story of charity: water - The 2009 September Campaign Trailer from charity: water on Vimeo.
"In the West we take clean water for granted, but for 1.1 billion people across the developing world, the idea of easy access to treated water goes beyond a luxury concept." (in Mashable)
Wednesday, October 19, 2011
diletantes
Como uma personagem saída de um livro de Eça de Queirós, aproveito não raras vezes para deambular por sítios familiares e desconhecidos. Aproveitando um dia mais soalheiro e uma esplanada estrategicamente orientada a nascente, dou por mim, quase inconscientemente, a dactilografar – a carvão (sempre a carvão) – trivialidades aleatórias.
Simultaneamente,
enquanto confortavelmente recostada, observo os passos em volta – os outros, tão proximamente distantes. Inerentemente hiperactiva, começo por lhes estranhar o marasmo, o excesso de tempo livre em idade adulta, espelhado numa transparência inexpressiva – tentativamente ocultada pelo esboçar de uma expressão tão indecifrável quanto assustadora.
Encontro-os, aleatoriamente,
nos mais diversos locais – nos quais computo frequentemente uma densidade acima do esperado ou expectável. Espontaneamente, outras contas começam a acumular-se, tentando desconstruir as fontes de tempo e rendimento. Estranho o excesso de ócio, o conforto excessivo nesta rotina que dificulta a distinção clara entre os dias, tão similares e vazios.
Silenciosamente, como uma criança a tentar perceber o mundo
pela primeira vez, coloco em voz alta e incessantemente todos os meus “porquês”
– limitando-me a ouvir o eco vazio do lado de lá.
(é ensurdecedor)
role model
As referências pessoais foram-se tornando, à medida que
cresci, crescentemente difíceis de encontrar - durante anos seguidos, ainda que exigente, facilmente
me revi num jornalista aventurado pelo Médio Oriente, um bombeiro a salvar um
gato de uma árvore, um escritor de belas palavras, um empresário de sucesso, ...
Encontro-me, hoje, mais distante de todos os exemplos passados – ou
talvez simplesmente a distanciar-me daqueles que foram outrora figuras de algum
modo inspiradoras.
Hoje,
Quero outros,
Quero mais.
Novas ambições trouxeram-me, assim, um novo conjunto de frustrações,
quase intrasnponíveis – mas acarretam consigo uma vontade cada vez maior, que puxa por mim e me dá prazer.
Ainda que não chegue lá - não da mesma forma, com resultados iguais - são estes exemplos que me fazem e farão crescer - e, acima de tudo, continuar a querer mais.
Melinda French Gates - "What nonprofits can learn from Coca-Cola"
Sunday, October 16, 2011
souriant
sempre me pareceram demasiado sisudas (as pessoas).
nos comboios, nos passeios, nos autocarros, nos cafés...mesmo (ou sobretudo?) acompanhadas, os semblantes carregados, deprimidos.
talvez por isso me dê um superior prazer sorrir, porque sim - sobretudo quando sozinha, e sem qualquer relação com o meu estado de espírito.
reparo, claramente, no sobressalto alheio ao vislumbrarem o esboço de tal movimento nos meus lábios - talvez por não ser aparente o motivo subjacente, e certamente pela espontaneidade.
não raramente, é a inocência dos que ainda não falam - deslumbrados que ficam com a atenção de um olhar sorridente - que devolve o sentimento.
nos comboios, nos passeios, nos autocarros, nos cafés...mesmo (ou sobretudo?) acompanhadas, os semblantes carregados, deprimidos.
talvez por isso me dê um superior prazer sorrir, porque sim - sobretudo quando sozinha, e sem qualquer relação com o meu estado de espírito.
reparo, claramente, no sobressalto alheio ao vislumbrarem o esboço de tal movimento nos meus lábios - talvez por não ser aparente o motivo subjacente, e certamente pela espontaneidade.
não raramente, é a inocência dos que ainda não falam - deslumbrados que ficam com a atenção de um olhar sorridente - que devolve o sentimento.
(onde será que os outros guardaram o seu síndrome de Peter Pan?)
Friday, October 14, 2011
Thursday, October 13, 2011
incentives
"Incentives are the cornerstone of modern life.
And understanding them - or often ferreting them out - is the key to solving just about any riddle, from violent crime stops to sports cheating to online dating."
And understanding them - or often ferreting them out - is the key to solving just about any riddle, from violent crime stops to sports cheating to online dating."
(in Freakonomics)
a porta para dentro
"Quero acreditar que já não
estarias em casa por alturas em que cheguei mas não sei dizer. A verdade é que
não te procurei. Mais uma vez. Penso que fiz as coisas do costume, penso hoje
quando penso nisso que fiz as coisas do costume, terei deixado o sobretudo ao
acaso, abri o frigorífico fechei abri uma outra vez, sem saber bem o que
procuro, acontece-me quase sempre.
As coisas do costume. Vagueei sem saber
bem, o sobretudo caído alguém há-de arrumar, tu tratas disso. Do frigorífico
abro fecho abro outra vez, quero pouco, não sei que quero, deixei de beber
prometi-te acho que te prometi, não sei que beba. [...]
[...] Como juro não quero jurar mas vou, que me fazes
falta, eu que gosto pouco de juras, desconfio, acho que dá sempre mau
resultado.
Penso nisto quando queria era saber escrever senão as coisas que me passam pela cabeça sem destino destinatário, garrafa de náufrago.
Penso nisto quando queria era saber escrever senão as coisas que me passam pela cabeça sem destino destinatário, garrafa de náufrago.
Fazes-me
as vezes que menti a dizer que era indiferente
falta."
(Rodrigo Guedes de Carvalho in "A Casa Quieta")
Wednesday, October 12, 2011
say what...?
heard in passing:
"I haven't spoken to my boyfriend in two weeks. I really can't be bothered with the same boring conversation over and over again - about how was his day and how was mine."
"I haven't spoken to my boyfriend in two weeks. I really can't be bothered with the same boring conversation over and over again - about how was his day and how was mine."
silent response:
Hmmm...what do you talk about when you're actually together? what will you talk about when you grow old?
(people are strange.)
Tuesday, October 11, 2011
volleyball 101
disseram-me, repetidamente, que voltar a estudar era difícil.
inocentemente, achei que o que estava em questão era a capacidade e/ou predisposição para adquirir conhecimentos - algo que rapidamente classifiquei como quase trivial, considerando a minha inerente sede de saber. na verdade, estava em questão algo bastante distinto.
foi, de facto, a sensação de me encontrar de repente num mundo onde tudo era natural e adquirido para a maioria que mais me desorientou, estranhando a sensação de estar "do outro lado" - que sempre me perseguiu mas que sempre estranhei.
lição #1: aprender as regras do jogo.
Abilene paradox
"O paradoxo de Abilene é um paradoxo em que um grupo de pessoas decide colectivamente perseguir uma acção que contraria as preferências de cada um dos indivíduos do grupo.
Envolve uma falha comum na comunicação de grupo, em que cada membro acredita erradamente que as suas preferências são contrárias às do grupo e, consequentemente, não levanta objecções."
(in Wikipedia)
Porque é que isto é a regra e não a excepção?
a rapariga dos filmes
é, possivelmente, redutor. contudo, não raras vezes, dou por mim a observar as pessoas tal e qual como se de uma película cinematográfica se tratasse.
os primeiros minutos são, assim, cruciais - a imagem, a musicalidade e, claro, os diálogos iniciais. é isso, de facto, que me agarra ou, por oposição, refreia o meu entusiasmo.
a verificar-se o cenário optimista, permaneço concentrada durante um período relativamente longo de tempo - tendo em conta o déficit de amplitude no meu espectro temporal de atenção.
inconscientemente, entro.
absorvida nas entrelinhas da conversação, esqueço-me que nada daquilo é real - sobretudo as pessoas.
caso contrário, vou tentando passar rapidamente para a frente e, neste fast-forward inquietante, faço um esforço consciente para continuar ali, sobretudo quando já não quero - numa ansiedade que apenas em esforço consigo suster.
os primeiros minutos são, assim, cruciais - a imagem, a musicalidade e, claro, os diálogos iniciais. é isso, de facto, que me agarra ou, por oposição, refreia o meu entusiasmo.
a verificar-se o cenário optimista, permaneço concentrada durante um período relativamente longo de tempo - tendo em conta o déficit de amplitude no meu espectro temporal de atenção.
inconscientemente, entro.
absorvida nas entrelinhas da conversação, esqueço-me que nada daquilo é real - sobretudo as pessoas.
caso contrário, vou tentando passar rapidamente para a frente e, neste fast-forward inquietante, faço um esforço consciente para continuar ali, sobretudo quando já não quero - numa ansiedade que apenas em esforço consigo suster.
(à espera do fim?)
now is mine
Aquele que não vive agora, nunca mais vive.
Que fazes tu?
(Piet Hein)
Sunday, October 9, 2011
Saturday, October 8, 2011
unplugged
"You are not your job. You're not how much money you have in the bank. You're not the car you drive. You're not the contents of your wallet. You're not your fucking khakis."
(in Fight Club)
You are now your number of friends, your relationship status, how many people post on your wall or like your tagged photos. you're how many people that are engaged to other people pop up on your chat screen and tell you how great you are.
like. unlike. dislike.
it's american high-school all over again. who's popular, who's not. who's liked, who's ignored.
logging in 5 times a week. a day. or hour.
we check the postings: look-at-me-i'm-so-funny-and-/-or-interesting-i'm-doing-boring-things-all-the-time-so-i-have-a-lot-of-time-to-put-stuff-online.
we like them - maybe they'll like us too, maybe they'll even comment or share our posts.
tagging and chatting.
spending hours talking to strangers, engaging in meaningless conversations that make us forget to call and meet our friends. we're never really together, but we're never really alone. hiding behind the screen, we have conversations we never would have otherwise. particularly with these people (do we even remember meeting them?).
suddenly, we get late everywhere. we have no time - we wasted it all going through the photos of that one person we only met once at a party but looks really good at that photo at the beach. with some people.
log out (?)
if we stop looking, will other people's lives change dramatically? will they not if we do?
this voyeurism brings nothing but stress. we can't, however, let go of the need of knowing. knowing nothing, going nowhere...
this voyeurism brings nothing but stress. we can't, however, let go of the need of knowing. knowing nothing, going nowhere...
...can't we?
Friday, October 7, 2011
sleepwalking
a maioria das vezes, não me recordo. algumas imagens dispersas, difusas - nada concreto. de facto, assim que as primeiras notas tocam para me despertar, resta já apenas a sombra do sentimento resultante de algo que não consigo identificar - normalmente são os pesadelos que me acordam.
uma vez acordada, porém, os sonhos tornam-se hiper-realistas. não só os presentes, mas todo o acumular de sonhos - cumpridos e irrealizados - recaem, um a um, sobre mim.
tudo o que tenha, contudo, atingido, acarreta uma frustração superior a qualquer meta distante e, mesmo, inatingível. quero mais caminho, mais caminhar, mas com isso desiludo-me repetidamente, nunca atingindo o fim que não desejo.
uma vez acordada, porém, os sonhos tornam-se hiper-realistas. não só os presentes, mas todo o acumular de sonhos - cumpridos e irrealizados - recaem, um a um, sobre mim.
tudo o que tenha, contudo, atingido, acarreta uma frustração superior a qualquer meta distante e, mesmo, inatingível. quero mais caminho, mais caminhar, mas com isso desiludo-me repetidamente, nunca atingindo o fim que não desejo.
"Chegamos sempre ao sítio onde nos esperam." (José Saramago)
(É isso que me tira o sono.)
Thursday, October 6, 2011
preciso de escrever
"A palavra escrita ensinou-me a escutar a voz humana, assim como as atitudes imóveis das estátuas me ensinaram a apreciar os gestos."
(Marguerite Yourcenar)
white noise
[s.m.]
"Tipo de ruído produzido pela combinação simultânea de sons de todas as frequências.
O adjectivo branco é utilizado para descrever este tipo de ruído em analogia ao funcionamento da luz branca, dado que esta é obtida por meio da combinação simultânea de todas as frequências cromáticas."
(in Wikipedia)
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