há algo nas pessoas que me perturba. sempre achei que isso decorria de uma composição acima do normal de cinismo a circular por entre os meus leucócitos e eritrócitos, mas é mais do que isso.
resultado, talvez, dessa composição sanguínea anormal, vejo mais do que queria - e, sobretudo, mais do que gostava. vejo os filmes a meio e no fim, muitas vezes antes de ter terminado o genérico inicial - a parte em que toda a sala está ainda a comer pipocas.
este distanciamento - muitas vezes, de mim própria - mantém-me longe. das mensagens, das redes sociais, dos telefones, das discotecas, dos cafés, ...
invariavelmente, sou um spoiler para o meu próprio filme. para bem dos outros, contudo, alimento a sua ignorância e deixo-os no escuro, entretidos que estão com as suas películas de felicidade, integridade e todo um outro conjunto de vocábulos que se tornam um oximoro perante a palavra "verdade".
eles não sabem, mas todas as suas histórias alimentam silenciosamente todo um saber que me impede de desfrutar de uma série de coisas que me fazem falta e cuja ausência guardo para mim, de tanto que me perturba.
eles não sabem, mas todas as suas histórias alimentam silenciosamente todo um saber que me impede de desfrutar de uma série de coisas que me fazem falta e cuja ausência guardo para mim, de tanto que me perturba.
hoje, acrescentei 2 novas variáveis à minha estatística - subindo o meu intervalo de confiança acima dos 97%. (há dias em que preferia ter já olvidado todo o meu conhecimento econométrico)
(um rascunho esquecido, de 24 de Novembro de 2010)
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